O relato de uma viagem como essa, que trata de uma peregrinação a Santiago de Compostella, implica em uma tarefa muito difícil: traduzir e expressar uma vivência interior. É na riqueza dos relatos, nas contradições e incertezas, na entrega confianteàs suas experiências, no exercício de desapego, que proporciona ao leitor a atenção e a reflexão sobre a bagagem que carregamos na vida e até, de certa forma, um sentido para ela. A autora expressa seu estilo pessoal, em meio a diálogos e numa narrativa que traduz sua simplicidade ao descrever cada cena, cada movimento, cada sutileza, suas emoções e sentimentos, suas lacunas e os motivos que a levaram nessa fascinante aventura, envolvendo o leitor em sua viagem interior. A obra conduz o leitor em sua corajosa peregrinação, interna e externamente.